28 de março de 2012

Na Terra do Zé Ninguém

Nasci sem asa
E caí de fruto,
Verde e imaturo,
Na terra do Zé Ninguém.
Deram-me mãos e pernas,
E olhos e boca para eu amar.
Mas não se ama,
Na terra do Zé Ninguém.

Nasci sem casa
E morei sem canto
Morto e inseguro
Nas ruas de Zé Ninguém.
Deram-me água e sumo,
E sonhos de paz para eu beber.
Mas ninguém bebe
Na terra do Zé Ninguém.